sábado, 2 de maio de 2015

Free: a cultura do "grátis"

E aí, pessoal, como vocês estão? Após um período sem postar nenhum resumo dos nossos textos, eis que volto com um simplesmente sensacional. Ele faz parte do livro "Free: The Future of a Radical Price" de Chris Anderson, lançado em 2009 e que ainda faz todo sentido hoje. Vamos tratar dele no post de hoje.

Bom, inicialmente, Anderson descreve uma história dos sobreviventes do grupo Monty Phyton que se revoltaram por terem sido, digamos, "roubados" com a prataria de seus vídeos. Diante disso, eles resolveram inovar e disponibilizar tudo de graça na Internet, mais precisamente no Youtube. Foi uma estratégia arriscada, mas que deu mais que certo. Em pouco tempo, as vendas de CDs e DVDs cresceram absurdamente e ficaram em segundo lugar na Amazon! E isso fez com que Anderson questionasse essa história do "grátis". Como pode as pessoas estarem ganhando dinheiro sem cobrar nada? Essa é a questão central do livro.



Uma parte super importante é a definição, por Anderson, de dois públicos diferentes do "grátis": o do século XXI e o do século XX. Os críticos mais velhos, do século XX,acreditam que não existe algo totalmente grátis. Você sempre paga de uma forma ou de outra. O "grátis" nunca é grátis. E eles não estão errados, visto que esse é o artifício de marketing mais antigo da história! mas os críticos mais jovens possuem uma visão diferente. Hoje, quando se é ouvida a palavra "grátis", os jovens reagem como algo normal, que sempre esteve ali e que nunca deve deixar de ser. Anormal é algo ser pago nos dias de hoje! Esses jovens cresceram no mundo on-line presumindo que tudo que é digital é grátis - realmente grátis!

Pois bem, assim, Anderson inicia o primeiro capítulo contando a história da gelatina nos Estados Unidos e como ela se tornou famosa (e como o grátis entra aqui). Antigamente, a gelatina dava muito trabalho de ser feita e, quando era comercializada, mesmo sendo em pó, não tinha atrativo algum, visto que antes era vendida na forma basica e sem sabor. Então, Pearle Wait, um carpinteiro que quis tornar as gelatinas um sucesso, fez com que elas tivessem sabores e cores de frutas. Mas ainda assim não viralizou. Batizadas de Jell-O, as gelatinas ainda não atingiram um grande público até que Wait vendeu a marca para a Orator Frank Woodward. Woodward, junto com seu diretor de marketing, tentou criar uma nova abordagem para fazer as gelatinas "acontecerem". Inventou de criar várias receitas que incluíssem a gelatina para que as pessoas precisassem comprá-las. Sabe qual foi a maneira de divulgar essas receitas? Dando, de graça, livros de receitas às donas de casa! Assim, a campanha se tornou um sucesso, a procura pela gelatina aumentou drasticamente e, dois anos mais tarde, o Jell-O já tinha atingido a marca de um milhão de dólares em vendas anuais! Foi dessa forma que nasceu o que podemos chamar de "a ferramenta mais poderosa do marketing do século XX": dar algo para criar demanda por outro. "Grátis", para Woodward, não significava "lucro zero" e sim que a trajetória do produto à receita seria indireta, algo como uma "isca".

Anderson cita no texto outro exemplo que utilizou a mesma estratégia de "isca": a Gillette. O dono King Gillette viu que suas lâminas de barbear não estavam vendendo como deveriam (visto que eram descartáveis e, por isso, deveriam vender sempre). Então, a estratégia utilizada pela marca foi vender, junto com os barbeadores, brindes que fizessem com que o consumidor comprasse aquele produto. Os brindes ajudaram as vendas e essa tática ajudou muito: os clientes tinham os aparelhos de barbear, mas não tinham as lâminas, ou seja, sem elas, os aparelhos eram inúteis. Foi aí que a Gillette saiu ganhando, pois, uma vez que o cliente se acostumava com as lâminas descartáveis, ela teria um cliente diário para a vida inteira. Mais tarde, esse modelo de negócios viralizou e fundamentou setores inteiros. Por exemplo, dê um celular de graça e cobre pelo plano mensal ou faça o console de videogame ser barato e venda os jogos caros, etc.

Agora, trazendo o "grátis" pro século XXI, estamos inventando uma nova forma de grátis. Dessa vez não se trata de uma "isca", como no século passado. Na verdade, se trata de uma nova capacidade de reduzir os custos dos bens e serviços a quase zero. Algo singular dessa era digital é que, quando um produto passa a ser digital, ele, inevitavelmente, se torna grátis. Se compararmos a economia das coisas materiais que nos cercam com a economia do digital, veremos que a primeira tende a ficar mais cara com o tempo, enquanto a segunda tende a baratear cada vez mais. E aí voltamos aquela questão de que qualquer item "grátis", na economia das coisas materiais ao nosso redor, deve ser pago por outro item, ou seja, é uma "isca". Um item grátis na economia do digital é realmente grátis, não tem dinheiro envolvido.

Para concluir mais um post, não posso deixar de escrever uma citação importante do livro. Essa, por sinal, é realmente bem pertinente, visto que foi escrita em 2009 e está valendo -e muito- para os dias atuais.

"Mais cedo ou mais tarde, toda empresa precisará descobrir formas de utilizar o Grátis ou competir com o Grátis, de uma forma ou de outra"
Te espero no próximo post! Até mais, pessoal. 
 

domingo, 12 de abril de 2015

Redes Sociais na Internet

Oi, pessoal! Voltamos nessa semana com mais um resumo de um novo texto. Dessa vez, o texto escolhido é "Redes Sociais na Internet", de Raquel Recuero, a rainha desse mundo de rede social, rs. Veremos o porquê. Resumidamente, o texto trata dos modelos de estudo das redes complexas e sua aplicabilidade para as redes sociais na Internet. Sem falar que veremos isso na perspectiva da análise estrutural das redes sociais e dos modelos de Barabási e AlbertWatts e Stro-gatz e Erdös e Rényi. Guardem esses nomes!

Raquel inicia seu texto analisando as redes sociais a partir de duas grandes visões de mundo. São elas, as redes inteiras e as redes personalizadas: a primeira tem um foco mais voltado para a relação estrutural da rede com o grupo social. Já a segunda, tem seu foco no papel social de um indivíduo, que pode ser compreendido através das posições que possui dentro das redes, e não só por pertencer a um grupo. Ela diz, apesar das inúmeras referências teóricas que utiliza e cita, que os sociólogos acreditavam que as unidades básicas dessas redes sociais eram as relações entre duas pessoas (díades), que seria a menor estrutura relacional da sociedade. Também existia um outro foco, voltado para as tríades, em que temos duas pessoas com um amigo em comum. Assim, essas pessoas têm uma possibilidade maior de se conhecerem ou de fazerem parte de um mesmo grupo, graças a esse amigo em comum.

Depois, Raquel fala que Watts afirmava que existia uma diferença entre os estudos das redes de antigamente e agora, pois, antes elas eram, digamos, "fixas", "presas" no tempo. Hoje, elas já são mais mutáveis, ou  seja, estão sendo querendo mudar e melhorar, são "afixas". Então, ela começa a falar dos novos estudos das redes, falando de três modelos principais:

  1. O primeiro deles é o Modelo de Redes Aleatórias, que fala como se formariam as redes sociais e já diz, na sequencia, que eles demonstraram que uma conexão bastava entre cada convidado de uma festa, pra que, no final, todos estejam ligado a ela. Dessa premissa, Erdös e Rényi concluíram que todos os nós precisam ter, mais ou menos, a mesma quantidade de conexões, classificando-se, assim, como redes igualitárias.
  2. O segundo modelo é o Modelo de Mundos Pequenos, que vê a interdependência das redes sociais e percebe que todas estão interligadas umas às outras de alguma forma. Ela cita o sociólogo Mark Granovetter, que mostrou que, pessoas que possuíam laços fortes (com seus amigos próximos, por exemplo) participavam, em geral, de um mesmo círculo social e que, aquelas pessoas que possuíam laços mais fracos, é que seriam importantes, pois elas conectariam vários grupos sociais. O seu trabalho nos traz de volta a importância da tríade nas redes sociais. Dá pra perceber, portanto, que as redes sociais não são aleatórias, elas possuem algum tipo de ordem nelas.
  3. E o terceiro e último modelo é o Modelo das Redes Sem Escalas, que afirma que um novo nó tende a se conectar com um pré-existente. Assim, as redes não seriam constituídas de nós igualitários, ou seja, com a possibilidade de ter, mais ou menos, o mesmo número de conexões. Pelo contrário, elas possuiriam nós que seriam altamente conectados e muito outros nós (a grande maioria) com poucas conexões. Citando um exemplo, o modelo de Barabási e Albert tem um grau de conectividade muito baixo, já que apenas alguns nós estão altamente conectados. Já o modelo de  Watts e Strogatz tem um grau de conectividade parecido com o de Erdös e Rényi, ou seja, um alto grau de conexão entre os nós.
Raquel continua falando das redes sociais na Internet e quer discutir a validade dos modelos que apresentou. Para isso, ela cita exemplos na prática que poderia auxiliar (e muito) essa observação. Um deles é o: Orkut!



Bom, ele foi desenvolvido com base no "software social", que é um sistema que visa proporcionar conexões entre as pessoas, gerando novos grupos e comunidades, simulando uma organização social. No começo, o Orkut mostrava que existia uma ampla rede social que estava altamente conectada por cada usuário, com um grau de separação muito pequeno (assim como estava previsto no modelo de Watts e Strogatz). Só que nem todo mundo ali era realmente seu "amigo" e possuía algum grau de relação. Você tinha a opção de adicionar alguém como seu amigo sem que existisse qualquer tipo de interação entre os dois, era simples: bastava fazer o pedido e o outro aceitar. Pronto! Amizade formada. Por isso, a maioria dessas relações e conexões são falsas, no sentido de que não apresentam nenhum tipo de interação social, ou seja, não demonstra a existência de uma rede social. Se não existe interação social, ele pode ser considerado uma rede social? 

Para o Orkut, as pessoas que era altamente conectadas funcionavam como conectores, ou seja, elas representavam grandes nós que conectavam membros de vários grupos isolados e que, através delas, tinham um grau de separação menor entre si. Mas, a priori, essas redes não poderiam ser consideradas redes sociais, pois, em sua formação (esse ato de adicionar amigos), eles já dispensam a interação social, visto que não era um pré-requisito para ser amigo no Orkut. Portanto, essas pessoas altamente conectadas funcionavam como hubs no sistema do Orkut. Poucos são os momentos de diálogo e troca de verdade entre os membros das comunidades. Não era proporcional a quantidade de interação ao tamanho da comunidade (ou pelo menos não parecia ser, rs).


Agora, um outro exemplo citado pela nossa autora maravilhosa são os blogs e fotologs.
 
Aqui, já é mais fácil de observar a interação, na medida que ela se dá de maneira repetida (as pessoas conversavam através de comentários). Cada novo comentário poderia ser uma nova conexão, apesar de que também existiam os comentários negativos, que poderiam causar um exílio da comunidade. Então, nem todo comentário representa, de fato, uma nova conexão, pois alguns deles representam uma relação, digamos, subtrativa, de dissociação entre nós.

Para concluir, Raquel fala dos modelos de análise das redes propostos pelos nomes que indiquei no começo desse post. Ela diz que eles são insuficientes no sentido de perceber as complexidades de uma rede social na Internet, visto que esses modelos, apesar de afirmarem sua aplicabilidade para as redes sociais, falham em levar em conta as premissas mais básicas da análise social.

- Modelo de Erdös e Rényi, que apresenta uma rede aleatória, tem méritps de ter sido o primeiro modelo a olhar para as redes sociais e sua dinâmica no tempo. Porém, as relações entre os indivíduos na comunicação através do PC não são aleatórias;

- Modelo de Watts e Strogatz, que apesar de apresentar uma construção importante (o valor das pequenas conexões entre grupos para gerar mundos pequenos), não observa pontos fundamentais, como a motivação dessas conexões, que nem sempre são feitas de modo aleatório.

- Modelo de Barabási, que traz um importante insight no sentido de prever o mecanismo de construção das redes, onde os "ricos mais ricos" e a presença de conectores. Porém, sua falha está em pontos cruciais para o estudo das redes sociais geradas via comunicação através de PC, já que não leva em conta, por exemplo, o custo da manutenção dos laços sociais. Hubs simplesmente acumulam laços, como se a relação entre pessoas fosse somente um pedido de amizade na rede. Consequentemente, não leva em conta também o contexto e o capital social envolvido em cada interação, fora que esse mecanismo "ricos mais ricos" falha na formação de grupos sociais na Internet, pois as pessoas procuram conectar-se a outras por motivos específicos e não somente porque possuem mais conexões.

Fechando mais um resumo com uma citação do texto, Raquel diz:
"Todos os modelos, portanto, apresentam falhas na aplicação às redes sociais na Internet, em grande parte, devido à sua natureza matemática e pouco investigativa do teor das conexões e da não presunção de interação para a constituição do laço social."

 Assim, termino mais um resumo e te espero na próxima! Até lá. 

segunda-feira, 30 de março de 2015

A Cauda Longa (Capítulos 1 e 5)

Estamos de volta com mais uma postagem sobre um novo texto, dessa vez não pertencente ao nosso livro. O resumo de hoje é de um texto chamado "A Cauda Longa", de Chris Anderson, em que vamos analisar os capítulos 1 e 5. Já no primeiro capítulo, é falado do acervo digital que é enorme atualmente e da divulgação boca-a-boca (as vezes até sugestões nos próprios sites de compras online). Por existir um amplo catálogo, as pessoas estão mergulhando fundo nele para ver o que há disponível para o consumo. Quanto mais descobrem, mais gostam. O texto começa a falar sobre as lojas de CD's e mostra como existem regras para manter os exemplares nas prateleiras (enquanto no meio online não há essas regras). Um ponto que ele toca e que é importante se atentar é para a localidade, onde muitos produtos de uma qualidade surpreendente que seriam capazes de atrair um grande público, não o fazem, pois não conseguiram vencer as barreiras do varejo local. Essa seria uma das restrições existentes. Uma outra restrição do mundo físico é a física em si, pois analisando os espectros de ondas sonoras da rádio e TV, vemos que há uma limitação e que isso pode interferir na audiência, sendo necessário agregá-las em áreas geográficas limitadas. Sendo assim, a indústria do entretenimento achou uma solução fácil para essas restrições, que seria o foco nos grandes lançamentos. Porém, por se tratarem de meios, digamos, offline, existe a escassez, visto que um CD, por exemplo, pode esgotar nas prateleiras das lojas. Mas agora com o mundo online, passamos de escassez para abundância, pois temos muito mais CD's, continuando no exemplo, e que sempre estarão ali, sem esgotar.

O texto continua falando sobre música e começa a comentar os varejistas de música online. Ele fala das faixas mais vendidas de um serviço de streaming, apresentando um gráfico, que mostra um curva decrescente, em que ele diz sendo, no começo, os grandes hits que estão em alta e que vendem bastante (por isso estão no "topo") e o restante são as outras músicas em geral, que vão vendendo pouco em relação aos hits. Deve-se notar aqui que essa linha decrescente, apesar de diminuir, não chega ao numero zero de downloads. Então, pelos "não-hits" serem tantos, suas vendas, embora sejam pequenas, atingem rapidamente volumes consideráveis. Elas não são músicas populares, individualmente falando, mas, em conjunto, se tornam um número significativo. E é assim que se forma a Cauda Longa!

O que mais podemos notar na cauda longa é seu tamanho, visto que é espantosa sua amplitude. Podemos notar que a maioria dos negócios de Internet bem-sucedidos, de uma maneira ou de outra, explora a cauda longa. Tomemos o Google como exemplo. Ele ganha boa parte de seu dinheiro não com grandes empresas milionárias anunciantes, mas sim com pequenas empresas fazendo suas propagandas. Podemos notar, então, que a popularidade não mais detém o monopólio da lucratividade.

Partindo pro próximo capítulo, em que fala-se dos novos produtores, o texto aborda a questão de que todos podem produzir algo, mesmo não sendo especialista em um assunto. Basta querer contribuir de alguma forma com aquilo. Ele cita um exemplo de pesquisa espacial em que, observadores amadores se juntaram a observadores profissionais para analisar determinado assunto espacial e, graças a isso, conseguiram formar uma teoria básica sobre o funcionamento do universo. Quando um trabalho científico anunciou a nova descoberta para o mundo, todos compartilharam sua autoria. Isso significa dizer que os amadores multiplicam a força de trabalho dedicada à algum projeto ou pesquisa. Ele cita um outro exemplo que seria um projeto da NASA, em que, ao distribuir dados entre os computadores dos voluntários, o projeto torna-se capaz de examinar uma quantidade bem maior de sinais do que seria possível sem esse compartilhamento. John Lankford, um historiador da ciência, afirmou:
"Sempre restará alguma divisão de trabalho entre profissionais e amadores, mas, no futuro, será cada vez mais difícil distinguir os dois grupos".
O capítulo continua falando agora sobre a democratização das ferramentas de produção, que é a primeira força da Cauda Longa. O mesmo efeito visto no exemplo da astronomia se manifesta em vários outros campos. Por exemplo, hoje, milhões de pessoas escrevem em blogs (como este aqui), que, no conjunto, são muito maiores que qualquer veículo da grande mídia. Portanto, os blogs são consequencia da democratização das ferramentas, pois com o advento dos softwares e de serviços simples, a editoração online se tornou acessível a todos. Agora, deixamos de ser consumidores passivos para sermos produtores ativos. Doe Searls chama esse fenômeno de mudança do consumismo para o "producismo" participativo. É aí que é mostrado o maior exemplo dessa produção colaborativa: a Wikipédia, pois trata-se de uma enciclopédia online, explorando a sabedoria coletiva de especialistas e amadores. Cada indivíduo é especialista em algo e é isso que faz da Wikipédia o que ela é hoje. Praticamente não existe um assunto que não mereça um verbete. Ela, assim como Google, opera com base na chamada lógica exótica  da estatística probabilística, ou seja, é mais questão de probabilidade do que certeza. Mas nosso cérebro não está preparado pra raciocinar em termos de probabilidade, então queremos saber se algo está certo ou errado e, por isso, queremos algo sábio orientando os resultados. 

A vantagem que os sistemas probabilísticos possuem é o benefício da sabedora das multidões e, consequentemente, podem aumentar sua amplitude e sua profundidade. Mas é preciso analisar cada resultado isolado com um pouco de dúvida, afinal, a Wikipédia deve ser a primeira, e não a ultima fonte de informação. Quem contribui para a construção da Wikipédia são pessoas liberais, que são engajadas e motivadas pela oportunidade de melhorar o conhecimento público de algum assunto que gostam e que são conhecedores. Esse é o mundo da "peer production", ou seja, da produção compartilhada, colaborativa, possibilitado pela Internet, caracterizado pelo voluntarismo ou amadorismo de massa. A diferença entre produtores "profissionais" e "amadores" torna-se cada vez mais nebulosa e é bem possível que torne-se irrelavante. Não fazemos apenas aquilo porque somos remunerados de alguma forma, mas sim porque queremos. Ambos os tipos de atividades podem ser valiosos. 

Para encerrar mais um resumo, segue, como de praxe, uma frase que resume bem a Cauda Longa e todo seu significado:
"Sob esse aspecto, a Cauda Longa talvez se transforme na área crucial da criatividade, lugar onde as ideias se formam e se desenvolvem, antes de se transformarem em sucessos comerciais".

Até o próximo resumo! 

sábado, 21 de março de 2015

Capítulo Três: Marketing de conteúdo

Chegamos ao terceiro capítulo do nosso livro, que trata, particularmente, de marketing de conteúdo. Ele diz por que o conteúdo para o consumidor é importante e como pode ser usado em blogs corporativos. Mas a primeira coisa a se falar é a relevância do conteúdo. O consumidor busca algo em primeiro lugar nas ferramentas de busca, sendo iniciadas assim quase 90% das visitas na Internet. Segundo o livro, essas ferramentas mudaram as pesquisas por produtos em pesquisas por informações, pois o consumidor passou a consumir informação útil e relevante (o chamado conteúdo). Mas temos que deixar claro que não só o volume de conteúdo é importante,  a sua qualidade, utilidade e relevância também possuem parcela significativa nessa importância.

Um exemplo citado no livro é o YouTube, pois, por se tratar de um site de postagens de conteúdos (no caso em formato de vídeos e não de textos, como ocorre tradicionalmente), fez com que o site tomasse proporções grandes até o Google comprá-lo por uma grande quantia de dinheiro (mais de 1,5 bilhão de dólares). Resumindo: se o Google pagou esse preço pelo YouTube, significa que ele é realmente relevante, então, podemos afirmar que o conteúdo é relevante. A maioria dos sites que oferecem conteúdo relevante os oferecem gratuitamente. E o que isso provoca? Os clientes passam a ter a marca da sua empresa fixada na cabeça, sem pensar duas vezes. É o desejo de toda marca, praticamente, rs.

Definindo marketing de conteúdo, segundo o livro:
"É o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor encontre, goste e se relacione com uma marca, empresa ou produto". (TORRES, Cláudio. A Bíblia do Marketing Digital. São Paulo. Editora Novatec, 2009, p. 87)
Podemos perceber que a ideia  é gerar conteúdo útil e relevante para o consumidor, sem que haja uma interferência comercial. Mas o marketing de conteúdo tem suas regras e a principal delas é o planejamento. Precisa-se ter uma visão clara do que você quer gerar e para que finalidade. Assim, podemos definir seis etapas do planejamento. A primeira é quem é o público alvo, pois antes de tudo precisamos saber com quem queremos nos comunicar, quem queremos atingir quando divulgamos uma mensagem e criamos um relacionamento pelo marketing de conteúdo. Em segundo tem-se o que se pretende a partir desse público alvo, pois a partir daqui iremos para a plicação da estratégia, ou seja, precisamos de algo específico para pôr em prática. Em terceiro, como se comporta esse público alvo, pois o comportamento do consumidor é super importante (como já mencionado nos posts anteriores certo?) e caso você não saiba, pesquise para ter esse conhecimento. A quarta etapa trata de que informação o publico alvo procura, pois, sabendo dessa informação, o conteúdo será definido naturalmente, ou seja, o conteúdo é gerado após ter a informação do cliente clara. Já a quinta etapa fala de que conteúdo devemos produzir para o nosso publico, pois, já sabemos a informação que ele busca, só falta definir qual conteúdo produzir. Por fim, a última etapa é a produção desse conteúdo. Se você não consegue produzir, use a Internet! Nela, o que não falta é conteúdo. Só não esqueça de citar as referências, é claro.

Em se tratando da importância do marketing de busca, essas ferramentas ajudam o seu publico alvo a encontrar o conteúdo desejado e sua empresa, mas precisamos saber como fazer para que seu site seja encontrado, pois, a grande maioria dos internautas clica nos sites da primeira página dos resultados da busca e esse é o principal objetivo do marketing de busca. Podemos, então, dizer que esse tipo de marketing é uma das atividades do marketing de conteúdo. Sem conteúdo você é, digamos, invisível na web. Agora, uma plataforma que supre bastante as necessidades e é super importante sua empresa possuir um é o chamado blog. Existem blogs pessoais, em que diferentes pessoas criam suas páginas para tratar de assuntos específicos do seu interesse e assim, junto aos comentários, interagir com pessoas sobre este mesmo assunto; blogs profissionais, que são páginas de pessoas ou grupos que tratam de variados assuntos, mas tem um interesse comum, que é o de possuir um público fiel para depois explorar o blog comercialmente; e o blog empresarial, que alguns chamam de "blogs corporativos". Esse último trata da forma como uma empresa de relaciona com a comunidade através do conhecimento, ou seja, divulgando informações úteis e relacionadas ao seu negócio.

Após ler tudo isso, já pode-se implementar uma boa estratégia de marketing de conteúdo, mas ele tem regras, que são explicadas abaixo:
  1. Por não ter controle do resultado, do número de visitas e da interação com o consumidor, faça o favor de fugir dos portais de blog (como este Blogger que cá vos fala). Sua empresa deve ter um blog instalado no mesmo servido do site dela, tendo controle de tudo sobre ele;
  2. TenhaTente uma URL própria para seu blog. Existem empresas que colocam o blog em um caminho após o site da empresa (aqueles blogs após a "/"), mas experiências comprovam que se obtêm melhores resultados com URLs exclusivas para blog;
  3. Planeje! Pense quem são seus cliente e para quem você tá escrevendo ou porque eles vão ler;
  4. Lembre-se que sua empresa tem que postar, ser ativa, estar ali presente. Isso afeta bastante os usuários. Se sua empresa não é ativa, não cria fidelidade;
  5. Divulgue e monitore. Monitorar é tão importante quanto publicar informações.
Você deve ter em mente que é preciso ter uma divulgação constante na Internet, seja por meios de outros blogs (muitos blogueiros indicam outros blogs), seja por mídias sociais ou por outros meios de comunicação online. Um bom plano de divulgação tem sempre algumas dicas que podem ser compartilhadas. Seguem algumas, que analisei serem as mais importantes, abaixo:
  • Utilize os sites que organizam e agregam links e conteúdo, pois eles publicam artigos e links de outros e possuem uma grande audiência;
  • Olhe para os comentários, pois ler e comentar sobre algum assunto em outros blogs gera um divulgação do seu blog, pois a maioria dos comentários permite colocar seu nome e a URL do seu blog;
  • Participar de fóruns relacionados ao seu conteúdo é ótimo, pois você pode ler e comentar as publicações mais interessantes;
  • Tenha uma ótima relação com blogueiros, eles podem te ajudar. Alguns divulgam quem tá começando e isso já gera uma repercussão grande;
  • Divulgar sua URL sempre que possível é uma opção importantíssima. Em qualquer assinatura, coloque sempre o endereço de seu blog;
  • Procure novidade sobre seu conteúdo, pois assuntos novos repercutem bastante. Não sabe o por quê? Simples: se você posta algo novo e as pessoas vão pesquisar sobre ele, isso vai te favorecer, pois há pouca informação nova sobre esse tema
Fechando mais um resumo do nosso livro, vamos fechar como sempre fazemos, citando uma frase que nosso autor nos expõe: "Monitore, monitore e monitore. Não se esqueça nunca disso". 

Até o próximo resumo, pessoal!

Capítulo Dois: Conceitos do marketing digital

No segundo capítulo do nosso livro, vamos estudar os conceitos, em geral, do marketing digital. Se você não sabe o que significa todos aqueles termos estranhos que você vê na web, pode relaxar e ficar tranquilo que, terminando esse post, você entenderá uma boa parte deles. Talvez você pense que, por não entender diversos termos empregados aqui na Internet, talvez você queira sair desse meio e não se inteirar dele. O problema é que, hoje, quem não está por dentro da Internet é considerado ultrapassado, pois não é mais questão de opinião, é questão de necessidade.

Por se tratar de uma ampla área, a Internet possui diversos termos dos quais muita gente desconhece seus significados. O que, talvez, você não saiba é que esses termos que parecem dificílimos de serem entendidos, na verdade, são super simples de aprender seu significado. Explicar como a Internet funciona é o primeiro passo para entender as terminologias. Exsite uma rede de computadores, enorme por sinal, que são interligados (chamados "servidores"), com programas em execução neles (os chamados "sites"), que são cessados por outros computadores por meio de navegadores (os chamados "browsers"). Se formos falar de sites, temos inúmeros termos que não é necessário se aprofundar -a não ser que você queira se especializar nisso-, pois são, em sua maioria, siglas, como, por exemplo, CSSM HTML, PHP, entre outros. Existem também os links ou hiperlinks, que nada mais são que marcações em palavras em que, quando se clica, é levado para uma outra página, fazendo a navegação fluir.. Os banners são espaços que ficam nas páginas, geralmente usados no meio publicitário, com imagens ou animações. 

Quando falamos da maior ferramente de busca atualmente conhecida, o Google, temos vários termos diferentes. Podemos citar os links patrocinados, que são anúncios pagos que aparecem junto a busca; Google AdWords, que cria campanhas onde você define anúncios em texto e os liga às palavras-chave; Google AdSense, que permite que qualquer site incorpore os anúncios em suas páginas e seja remunarado com isso; Google Analytics, uma das melhores ferramentas, pois trata-se do monitoramento do seu site.

Citando o que está presente na Internet, além dos websites, temos o e-commerce, que nada mais é que uma, digamos, loja online, onde são vendidos produtos pela Internet. Vemos empresas que poderiam lucrar e se beneficiar desse método virtual, mas muitas tem receio de se arriscar e, quando um concorrente consegue chegar a algum lugar se arriscando, se arrepende por não ter tentado primeiro. Um exemplo citado no livro é o caso da Gol, companhia aérea que revolucionou o método de compras de passagens aéreas. Fora o e-commerce, temos os mashups e widgets, que são, respectivamente, misturas de partes de outros sites na construção de um determinado site e aplicações criadas para funcionarem livremente em diversas plataformas. Temos também o crowdsourcing, que se refere aos sites colaborativos determinados a criar algo específico. Ele se diferencia dos sites colaborativos justamente porque possui uma finalidade específica, enquanto nas colaborações não. Há, também, o chamado "código aberto", que parte do princípio de que, quanto mais pessoas desenvolvendo um software, mais rápido ele é feito e menor é o custo. Fazendo um software sozinho, privamos outras pessoas e empresas da tecnologia desenvolvida. Isso quebrou paradigmas, mostrando que o modelo colaborativo faz com que todos ganhem e a experiência profissional seja compartilhada.

Bom, depois de tantos termos, a maioria em inglês, podemos voltar pro foco do Marketing Digital. Temos que ter consciência de que, na Internet é o consumidor que fica no controle. Sua empresa pode não estar lá, mas o consumidor está e, com certeza, está falando bem ou mal, compartilhando com outras pessoas. Lembre-se sempre que a Internet não é como a mídia tradicional, ela afeta seu negócio independentemente de sua vontade. Uma parte importante que é observada é como o marketing digital tem que analisar o comportamento do consumidor. Isso permite definir estratégias muito mais adequadas a cada um dos ambientes e a cada uma das situações presentes na Internet. Isso faz com que se tenha, não um modelo padrão fixo, mas sim um modelo mutável, que se adapte a qualquer situação, centrando-se no consumidor, ou seja, o colocando no centro dos seus princípios. Com isso, é importante lembrar que são utilizadas ações estratégicas, táticas e operacionais e, além delas, o monitoramento, do qual falaremos mais a frente. Em relação a essas ações estratégicas, o marketing digital é composto por sete ações que estão ligadas entre si, pois é necessário essa interação, tendo uma delas uma maior importância para o funcionamento das demais. São elas:

- Marketing de conteúdo: considere que 90% dos internautas começam sua navegação pelos sites de busca e, mesmo colocando anúncios neles, menos de 10% os acessam, fazendo que os 80% restante naveguem no conteúdos dos sites e blogs. Para conseguir atrair essa audiência, você tem que ter uma estratégia de marketing de conteúdo para seu site. É fundamental planejar, criar e publicar conteúdo em seu site para que ele fica ainda mais visível na Internet;
- Marketing nas mídias sociais: as mídias sociais são sites construídos para permitir a colaboração de conteúdo, a interação social e o compartilhamento de informações, como os blogs, reses sociais, entre outros. Elas são muito importantes para qualquer estratégia ou ação de marketing, visto que, no Brasil, mais de 80% dos internautas participam de alguma mídia ou rede social;
- Marketing viral: uma palavra que define o marketing viral é boca-a-boca. O chamado "efeito viral", como um vírus, é usado por empresas para transmitir uma mensagem de marketing, embora ainda seja pouco utilizada, pois demanda criatividade e entendimento do ser humano e suas atividades básicas;
- E-mail marketing: por se tratar do mais usado meio de comunicação na Internet, o e-mail marketing foi feito pensando na velha mala direta, ou seja, envia-se um volume de e-mail para que se tenha um resultado satisfatório. Mas, como a tecnologia evolui bastante, podemos englobar aqui qualquer tipo de mensagem não instantânea que possa ser enviada em massa para pessoas específicas;
- Publicidade online: esse tipo de publicidade foi iniciado com os banners publicados em sites, imitando os anúncios de mídias externas e impressas. Com o tempo, foram utilizadas som, vídeo, animações, e não só imagens;
- Pesquisa online: a pesquisa é a base da atividade de marketing, seja digitalmente ou não. Pela insistência, a Internet permite pesquisas mais elaboradas e, muitas vezes até de graça, em comparação com as pesquisas tradicionais. Muitas vezes, você, em vez de perguntar o que as pessoas acham sobre determinado assunto, você pode somente olhar o que elas já escreveram sobre ele, o que é uma vantagem;
- Monitoramento: é a ação estratégica de maior importância, estando, digamos, no centro das outras ações, pois com ela sabe-se tudo que ocorre nas demais ações. É uma grande vantagem do marketing digital ter essa medição de resultados, visando uma melhoria das ações. Ele não é utilizado somente para medir resultados, mas também para ver como a imagem da marca está, a opinião dos consumidores sobre algo, etc.

Fechando mais um resumo, podemos finalizar com a seguinte ideia descrita no livro: "a Internet é de quem faz. Mexa-se, mergulhe no rio e conheça seu reino".

sexta-feira, 20 de março de 2015

Capítulo Um: A Internet do consumidor

Como prometido, sempre teremos resumos dos capítulos do livro adotado pela disciplina (A Bíblia do Marketing Digital) e de alguns outros textos que terão referências. Como o título desse post é só o nome do capítulo, considerem que já é do livro adotado por nós :)


Comecemos nosso resumo falando sobre a Internet. Se você está aqui, lendo essa postagem, seja de um computador ou celular smartphone, saiba que você é um dos usuários da grande Internet. 
Há não muito tempo atrás, um pouco mais de uma década, surgia a Internet, que viria a ajudar a vida de milhões de pessoas. Quem iria pensar que uma tela e um teclado revolucionariam o mundo? É algo que até hoje podemos comentar sem se tornar entediante. Enfim, a Internet surgiu e fez com que informações de diferentes produtos e serviços se tornassem instantâneas. Com isso, as grandes empresas, pensando no futuro, correram para que tivessem sua própria página dentro da Internet (os chamados sites), a fim dos consumidores encontrarem-nas, também, no mundo online, se promovendo e apresentando sua empresa à todos. Os sites são acessados a partir de uma URL, que nada mais é que o endereço do site. Muitas URLs viraram motivo de brigas, até mesmo judiciais, pois, muitas pessoas viram o crescimento da Internet antes das grandes empresas, fazendo com que registrassem o domínio em seu nome. Por exemplo: você registra o domínio "cocacola.com.br" no seu nome, daí a empresa Coca-Cola, quando for criar seu website e registrar esse domínio, vai ver que já está existente. Como ela não vai querer inventar um nome novo para seu endereço na web, ela entra em contato com você e oferece dinheiro para comprar o domínio. É uma forma inteligente de ganhar dinheiro (mas que hoje não é mais tão fácil assim). Então, com todos esses registros de domínio e as empresas se divulgando no meio online, a Internet cresceu cada vez mais (e mais rápido). Se você acha que pode ignorá-la, está redondamente enganado, pois o alto número de usuários brasileiros que estão conectados a ela (48 milhões segundo nosso livro) vão continuar existindo.

Com esse crescimento absurdo da Internet, novas tecnologias e aplicações foram utilizadas para dominar o meio online, tais como as ferramentas de busca, blogs, fóruns, entre outros que veremos mais adiantes. Com essas tecnologias, o que antes era uma via única de comunicação (por exemplo, na TV você só recebe, sem poder transmitir), agora se torna uma, digamos, via de mão dupla. Não há mais essa segregação entre quem produz e quem consome. Com isso, não há mais distinção entre informação, entretenimento e relacionamento. É o consumidor quem decide. Ele consome os três de onde quiser, seja por um amigo do Facebook, seja por um blog, seja por um portal.  A Internet se transformou, graças ao próprio consumidor, em uma rede de pessoas, uma grande mistura de grupos, fazendo dela uma grande colméia. Mas isso gerou uma pergunta que muitas empresas quiseram saber quando viram que o consumidor estava dominando tudo: quem é esse consumidor dito online?

Pesquisas foram feitas para que fosse entendido o público que estava sendo atingido no meio online. O primeiro dado que foi analisado foi o número de computadores que existia na casa dos brasileiros na época, mostrando que o computador residencial vinha invadindo os lares do Brasil, inclusive na classe C. Como os computadores eram caros na época que foram lançados, praticamente só as classes A e B tinham condições para adquiri-los. Hoje, essa situação mudou bastante, visto que os preços já caíram bastante e o número de pessoas da classe C com computadores em casa aumentou drasticamente. Na pesquisa também foi medido o uso da Internet pelo consumidor, constatando que 54% dos indivíduos acessavam a web diariamente e 34% acessavam pelo menos uma vez na semana, concluindo que 88% das pessoas que acessam a rede o fazem mais de uma vez por semana. É um dado interessante para saber a frequência dos consumidores dentro do meio online. Assim, foi-se definido que, o consumidor online representa as classes A, B e C e que acessa a rede bastante. Ele procura por diversão, relacionamento e informação, usando ferramentas de busca e participando de redes sociais. Já em relação ao seu comportamento, sabemos que o consumidor da Internet é diferente do da TV, por exemplo. Basicamente, a Internet é um novo ambiente que supre as deficiências que existiam em outros meios. Para entender seu comportamento, três desejos do consumidor são analisados: informação, visto que a Internet é uma grande fonte de informação e ainda existem as ferramentas de busca que servem para encontrar algo que se procura, diversão, visto que o consumidor quer se divertir, seja por jogos online, seja por sites de piadas ou algo do gênero, e relacionamentos, visto que o consumidor busca uma comunicação instantânea e redes sociais, como era oferecido pelo MSN e Orkut, há um tempo atrás.

Como a Internet tem todo esse ambiente de interação, muitas empresas usaram desse artifício para se beneficiar, como envio de e-mails coletivos, criação de cadastros, entre outras ferramentas automáticas, invadindo, assim, o ambiente do usuário sem consentimento algum do próprio. Isso é um grande erro para uma empresa que quer se dar bem no meio online, pois existem outras formas de interagir de forma consentida e mente quem diz que não.Em relação a propaganda enganosa, é preciso tomar cuidado para que não seja anunciado algo que não se possa cumprir. Quando alguém é enganado, cria-se força para espalhar para todos o que ela sofreu. Hoje, você vê isso claramente com tantos usuários reclamando nas redes sociais, ou seja, é algo fácil, que qualquer um pode fazer. Tenha sempre em mente que fazer uma propaganda enganosa ou antiética na Internet é péssimo, fazendo, em alguns casos, com que a empresa afunde.

Algo que se deve ter em mente é que a Internet é feita por e para pessoas. Não são computadores que estão do outro lado da tela, são seres humanos. Portanto, se sua empresa quer atingir alguém, pense na pessoa que está ali sentada em frente ao computador e não na máquina. Isso faz com que, caso sua empresa consiga atingir aquela pessoa que está ali no computador, gere uma divulgação positiva boa-a-boca. A Internet permite que esse tipo de divulgação ocorra e que uma mensagem se espalhe rapidamente. Um outro ponto a ser falado é a simplicidade do seu site. Uma famosa estratégia chamada KISS (Keep It Simple, Stupid - "mantenha o site simples") deve ser utilizada, pois, é fácil fazer com que as coisas pareçam complicadas de usar, difícil é fazer algo parecer simples ao usuário. Lembre-se sempre de usar o chamado minimalismo. Hoje ele está muito em alta e, com esse estilo, vem o flat design (você pode conferir mais informações sobre esse nova tendência do design clicando aqui).

Para concluir, vamos abordar o ambiente online como um todo. Por ser imensamente grande, seria impossível descrever todos os espaços existentes na Internet. Existem cinco grandes grupos que interagem entre si e podem ser descritos para dar uma ideia geral do ambiente em que o usuário se encontra quando está online. São eles: ferramentas de busca, sites e portais, redes sociais e blogs, ferramentas de comunicação e os mundos virtuais. Por se tratarem da porta de entrada da maior parte da navegação na Internet, as ferramentas de busca se fazem importantes, induzindo empresas a anunciarem na própria ferramente, por meio de links patrocinados, para que se aumente o número de visitas em seu website. Em relação aos sites e portais, podemos lembrar que a Internet era, no começo, um conjunto de websites, sendo super importantes na construção da rede. Os portais podem ser definidos como a "televisão" da Internet, pois eles querem passar uma ideia de que, tudo que o consumidor precisa está presente nele, sem que precise sair dele. Exemplos grandes são o G1, da Globo, R7, da Record, UOL, Terra, etc. Existem também os hotsites, que são sites, mas em menores proporções, geralmente utilizados para uma promoção ou para um determinado período de tempo. Já se tratando de redes sociais e blogs, eles são considerados revolucionários, pois o consumidor assumiu o controle da própria vida e passou a gerar conteúdo, e não só receber. Grandes fóruns ou grupos de discussão existem hoje para que pessoas falem de determinado assunto. Blogs existem para que, quem quiser, tenha sua própria página na Internet, como um fórum só seu, onde pode falar de qualquer assunto que lhe interesse. As ferramentas de comunicação fazem com que a mensagem instantânea seja o maior meio entre os jovens, que já consideram o e-mail uma ferramente ultrapassada. Um ponto ruim é que, essas ferramentas de mensagens instantâneas, cada vez mais ficam parecidas umas com as outras. Por fim, os mundos virtuais são "mundos" criados para determinado fim ou sobre determinado assunto. Nos jogos online, os usuários criam verdadeiros mundos onde interagem entre si. Um exemplo desse tipo de mundo virtual é o "The Sims", um jogo de realidade virtual em que você controla a vida de pessoas virtualmente.

Para fechar esse resumo, segue uma frase que é dita no livro e que fecha bem o capítulo:
"A Internet é uma rede de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, que buscam informações, diversão e relacionamento e que comandam, interagem e interferem em toda e qualquer atividade ligada à sociedade e aos negócios".

Produção Publicitária em Meios Digitais

Primeiramente, oi a todos! Esse é meu primeiro post de um blog criado especificamente para uma cadeira do curso de Publicidade e Propaganda chamada "Produção Publicitária em Meios Digitais". Aqui, vou postar resumos do livro "A Bíblia do Marketing Digital", de Cláudio Torres (foto abaixo), bem como resumos de outros textos e livros, aos quais farei referência, obviamente.
Livro "A Bíblia do Marketing Digital", do autor Cláudio Torres.

Por se tratar da primeira postagem, a de estreia, digamos assim, adapte-se ao meu modo de falar escrever. Tento passar um ideia de maneira simples, mas, muitas vezes, essas ideias acabam saindo da mesma maneira que penso, sem ter uma formulação de frase ou parágrafo anterior para que seja postado, rs. Então, acostumem-se, pois, a partir de agora, vamos estudar o marketing digital.

Para concluir, tenho que falar, apesar de odiar ter que admitir isso, mas a Globo sempre esteve certa: o futuro já começou.
Até o próximo post!